Como todos sabemos o músico Rafael Mascarenhas, foi atropelado e faleceu no último dia 20/07/2010.
Apesar trágica idéia de ter ceifada a vida de uma pessoa tão jovem (o rapaz tinha apenas 18 anos), temos alguns acontecimentos que nos servem de lição neste caso.
Apesar da minha idéia de que todo mundo estava muito errado nessa história, o Paurioca já morou por duas temporadas por um tem razoável no Rio de Janeiro, e, eu sei o quão perigoso é acessar, e, utilizar as pistas destinadas aos esportes como skate na “cidade maravilhosa”. Talvez por isso os rapazes tivessem decidido praticar o esporte dentro de um túnel que estava interditado para limpeza, e, pequenos reparos. Porém como ouvi ontem, - “a vontade da prática do esporte dos garotos esbarrou na imprudência de outros garotos”, e, aconteceu o que aconteceu.
Um dos fatos chocantes, foi a polícia do Rio de Janeiro ter liberado os atropeladores, e, sugerirem o suborno de R$ 10.000,00 para que nada acontecesse com os mesmos. Daí nós precisamos nos atentar ao fato de que o rapaz atropelado foi nada menos que um dos filhos do casal Cissa Guimarães (global), e, Raul Mascarenhas (músico). Neste caso, seria impossível a impunidade do atropelador, e, dos policiais corruptos que abafariam o caso, se, de alguma forma o mesmo fosse registrado em uma delegacia. Se isso tivesse acontecido comigo, ou com a maioria dos leitores, seríamos mais um número estatístico, e, nossas famílias estariam chorando por mais um crime cruel cometido sobre a impunidade. Mas, essa discussão é para outro post.
Respeito imensamente a dor que a família do rapaz está sentindo por ter visto a crueldade de uma imprudência sem precedentes, mas, Rafael Mascarenhas se tornou uma espécie de Messias para os praticantes desse tipo de esporte, e, eu explico o porquê disso;
Ontem o programa Fantástico colocou no ar uma reportagem sucinta sobre a falta de segurança, e, as proibições que as grandes capitais brasileiras impõe aos praticantes do esporte, e, isso gerou e ainda irá gerar muita discussão nesse âmbito.
Providencialmente, tudo isso aconteceu logo em seguida a uma proibição incondizente que ocorreu na cidade de São Paulo, a senhora Adriana Jadão Barreiros, administradora do Parque da Independência (que fica dentro do perímetro do Museu do Ipiranga), decretou a proibição do esporte juntamente com suas adjacências a partir do dia 08/08/2010. No último domingo 25/07/2010 ouve protesto dos esportistas, o que gerou uma reavaliação do decreto. Hoje, as secretarias do meio ambiente, e, do esporte estão discutindo uma melhor forma de solucionar o assunto de um jeito que agrade os praticantes do esporte, e, as pessoas que vão visitar a ladeira apenas para um passeio a pé.
Como é de conhecimento de todos, se tem uma coisa que é capaz de tirar (principalmente) os jovens do mundo da ociosidade, das drogas, e outras atividades que seriamente danificariam a formação sócio-cultural de uma forma definitiva para os mesmos, essa coisa é o esporte! Temos um grande contingente de associações, grupos, e, afins que se predispões a inserir a juventude moderna nessas modalidades esportivas, para que elas além do esporte tenham outros valores em suas vidas, valores esses que não prejudiquem a vida social comum. E, mesmo, assim, temos um grande número de proibições no que diz respeito a prática do esporte nos parques, e, locais fechados na capital paulista.
Daí, eu pergunto: Como é que os nossos administradores, governantes, e afins, querem a segurança nas vias públicas, e, transitáveis, se os mesmos proíbem a prática do esporte nos locais deveriam ser destinados para a mesma?
Por isso a morte do jovem Rafael Mascarenhas o tornou ao meu ver, um tipo de Messias, pois, temos os grandes conglomerados da comunicação entrando de cabeça nessa discussão, e, com certeza eles tocarão os nossos “líderes” para que os mesmos possam viabilizar os locais de lazer públicos para a prática de um esporte tão inofensivo e belo.
O Paurioca.
Interessante ler isso... pq eu via esse caso daquele jeito, né, "ah, só estão fazendo alarde pq o guri é filho de global, se fosse outra pessoa nem saberíamos do ocorrido". É uma visão radical, tô sabendo. Enfim.
ResponderExcluirMas aí eu lembrei que vc anda de patins e que morou no RJ e, portanto, tem conhecimento sobre esse problema que é a falta de segurança e de condições apropriadas para a prática de esportes. Então parei pra REpensar o assunto.
Lamentavelmente um jovem teve de morrer para que ao menos a questão fosse levantada. É terrível imaginar a dor que a família está passando, mas o que nos resta, agora, é lutar para que isso não tenha sido em vão.
No mais, FláFlá, gosto do jeito como vc expressa seu ponto de vista - bem objetivo e com uma bela argumentação.